Seguem abaixo, in medias res, as impressões personalíssimas de Victor Costa, mordazes e honestas, sobre a nossa recente excursão em visita à 13ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto (SP), que ganhará uma cobertura ainda esta semana.
Victor Costa
Fernando Bonassi e Victor Costa (arquivo) |
Depois de rodarmos alguns
quarteirões procurando estacionamento, conseguimos um a alguns metros da feira.
Fomos ― Pâmela, Assis, Yvone e eu ― informados da existência de um e-mail fantasma, através do qual deveríamos ter
feito as inscrições. De lá pra cá nós andamos, para enfim aguardarmos por alguns minutos o
horário do início das oficinas.
Os três foram para a de Personagem
e Espaço Ficção e me deixaram sozinho na de Roteiro para Cinema. "Sozinho" literalmente, porque quando o Bonassi (que também esteve no Sesc Araraquara com Marçal
Aquino em 2012) entrou na sala só tinha eu. 15 minutos depois já tinha quase
cinquenta pessoas. Bem no seu jeitão descontraído, ele passou três de seus
curtas-metragens pra gente; falou da sua experiência na elaboração de roteiros
de filmes como "Carandiru", "Cazuza", e "Lula: o filho do Brasil". Também falou do
seu seriado "Força Tarefa", na Rede Globo de Televisão.
Ao meio dia saímos para almoçar e
quando voltamos, na segunda parte da oficina, minha vontade era de sair da sala,
deitar no corredor, dormir um pouquinho e voltar. Mas não vi nenhum colchão por
perto, e além disso alguém poderia atrapalhar meu sono. O que me manteve
acordado foi o bom-humor do Bonassi, que nos fazia cair na gargalhada de dois
em dois minutos. Essa segunda parte foi mais um bate-papo: ele comentou vários
filmes, novelas, nos adiantou um episódio da sua nova série para a Globo e ainda contou várias peripécias de sua longa carreira de roteirista ― daí as gargalhadas.
Quando a oficina terminou, corri até prédio ao lado querendo encontrar o Augusto Cury (que para os
desinformados não escreve "autoajuda", e sim "psicologia"), mas ele já havia terminado
sua conferência e ido embora. Meu livro ficou sem autógrafo. Infelizmente.
Esperei durante meia hora a outra oficina
terminar e enfim demos uma volta pela bizarra 13ª Feira Nacional do Livro de
Ribeirão Preto. Coisas que eu nunca vi na Flip transitavam por ali: grupinhos
de garotos usando aqueles óculos "varejeira", cada um de uma cor, bem fashion, bonés
e caixinhas de som na mão ― normais em bailes funk ― assim como menininhas usando top e shortinho. Deduzi que estivessem procurando a editora
"quadradinho de oito" ou algo do tipo. Devem ter encontrado.
Depois dessa bela apreciação da
cultura brasileira algo de bom deveria acontecer (lembrem-se da alternância entre Valores negativos e positivos…). Fomos pra casa da Dona Rose, mãe do Assis. Nos divertimos e babamos
um pouco pela linda Clarisse, sua sobrinha de apenas quatro meses que inclusive tocou violão
durante o café, completando nosso bate-papo sobre música.
Saímos de lá à noite e… Não! Não
fomos comer pizza… Quebramos nossa apetitosa tradição! Mas Paraty que nos
aguarde…
Retornamos
pra nossa iluminada cidade luz ― que não é Paris, mas, se comparada a Ribeirão
Preto, está quase lá.
Leia também Um encontro ― as impressões de Victor Costa sobre a 10ª Festa Literária Internacional de Paraty (2012).
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