10 de jun. de 2013

Um sábado em Ribeirão Preto

Seguem abaixo, in medias res, as impressões personalíssimas de Victor Costa, mordazes e honestas, sobre a nossa recente excursão em visita à 13ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto (SP), que ganhará uma cobertura ainda esta semana.



Um sábado na feira
Victor Costa
Fernando Bonassi e Victor Costa (arquivo)

Depois de rodarmos alguns quarteirões procurando estacionamento, conseguimos um a alguns metros da feira. Fomos  Pâmela, Assis, Yvone e eu  informados da existência de um e-mail fantasma, através do qual deveríamos ter feito as inscrições. De lá pra cá nós andamos, para enfim aguardarmos por alguns minutos o horário do início das oficinas.

Os três foram para a de Personagem e Espaço Ficção e me deixaram sozinho na de Roteiro para Cinema. "Sozinho" literalmente, porque quando o Bonassi (que também esteve no Sesc Araraquara com Marçal Aquino em 2012) entrou na sala só tinha eu. 15 minutos depois já tinha quase cinquenta pessoas. Bem no seu jeitão descontraído, ele passou três de seus curtas-metragens pra gente; falou da sua experiência na elaboração de roteiros de filmes como "Carandiru", "Cazuza", e "Lula: o filho do Brasil". Também falou do seu seriado "Força Tarefa", na Rede Globo de Televisão.

Ao meio dia saímos para almoçar e quando voltamos, na segunda parte da oficina, minha vontade era de sair da sala, deitar no corredor, dormir um pouquinho e voltar. Mas não vi nenhum colchão por perto, e além disso alguém poderia atrapalhar meu sono. O que me manteve acordado foi o bom-humor do Bonassi, que nos fazia cair na gargalhada de dois em dois minutos. Essa segunda parte foi mais um bate-papo: ele comentou vários filmes, novelas, nos adiantou um episódio da sua nova série para a Globo e ainda contou várias peripécias de sua longa carreira de roteirista  daí as gargalhadas.

Quando a oficina terminou, corri até prédio ao lado querendo encontrar o Augusto Cury (que para os desinformados não escreve "autoajuda", e sim "psicologia"), mas ele já havia terminado sua conferência e ido embora. Meu livro ficou sem autógrafo. Infelizmente.

Esperei durante meia hora a outra oficina terminar e enfim demos uma volta pela bizarra 13ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto. Coisas que eu nunca vi na Flip transitavam por ali: grupinhos de garotos usando aqueles óculos "varejeira", cada um de uma cor, bem fashion, bonés e caixinhas de som na mão  normais em bailes funk  assim como menininhas usando top e shortinho. Deduzi que estivessem procurando a editora "quadradinho de oito" ou algo do tipo. Devem ter encontrado.

Depois dessa bela apreciação da cultura brasileira algo de bom deveria acontecer (lembrem-se da alternância entre Valores negativos e positivos). Fomos pra casa da Dona Rose, mãe do Assis. Nos divertimos e babamos um pouco pela linda Clarisse, sua sobrinha de apenas quatro meses que inclusive tocou violão durante o café, completando nosso bate-papo sobre música.

Saímos de lá à noite e Não! Não fomos comer pizza Quebramos nossa apetitosa tradição! Mas Paraty que nos aguarde

Retornamos pra nossa iluminada cidade luz  que não é Paris, mas, se comparada a Ribeirão Preto, está quase lá.




Leia também Um encontro as impressões de Victor Costa sobre a 10ª Festa Literária Internacional de Paraty (2012).

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